Bigodinho Super Mário para essa edição do Oscar, conseguiram abordar (e desabafar sobre) temas importantes de uma forma humorada e inteligente – e as vezes de forma séria também. Deixaram de preconceito e premiaram o Leo DiCaprio. Só não foi uma edição genial, porque a Acadêmia sempre vai ser tendenciosa e em uns momentos vão fazer escolhas “nada a ver”. Mas ontem o espetáculo em si foi muito bom.
Não estou aqui para fazer comentários de filmes como a Glória Pires, “bacana”!
Na verdade, essa postagem vai ser dedicada mesmo ao evento em si, que aconteceu ontem.
Eu sempre gosto de assistir a festa do Oscar mesmo quando não estou por dentro dos filmes ou etc (até porque encaro como uma oportunidade de anotar os nomes dos filmes e assistir depois, rs). Enfim…, gosto muito de assistir para ver o que está “trending” no meio de Hollywood.
Esse ano, Hollywood, especificamente a Acadêmia, usou a crítica em forma de desabafo para abordar temas como o racismo. Eu acredito que por muitos anos a Acadêmia negligenciou sim, atores negros, negando o direito dos mesmos de serem ao menos indicados a famosa estatueta – e sim, por motivo de cor.
Porém, de uns anos para cá, eu vejo a Acadêmia nomeando não só negros, como estrangeiros também – estrangeiros fora do “eixo” Inglaterra e Canadá. Ou seja, por mais que a Acadêmia seja tendenciosa, eles estão tentando ser “mente aberta” para o mundo.
E o que aconteceu ontem, deu para sentir que foi uma forma de desabafo da Acadêmia com as críticas de fora que sempre, SEMPRE criticam pesadamente quando não se nomeia um negro para a famosa estatueta.
Ontem vimos a cerimonia do Oscar usar negros consagrados, inclusive tendo Chris Rock como apresentador oficial da cerimonia (e quem odeia o Chris nessas horas? Talvez os Smiths, hehe). O cara simplesmente usou um humor “ácido” para mostrar todo o desabafo da Acadêmia – e talvez até dele próprio – contra os críticos árduos do “mimimi”.
Ao mesmo tempo que a Acadêmia satirizava as críticas que recebia por não terem nomeados negros, eles também homenagearam de forma espetacular vários nomes da raça negra (as alfinetadas na criticas foram sensacionais). No palco mais glamouroso do mundo, vimos nomes consagrados como Quincy Jones e Morgan Freeman – mitos, e nomes muito populares, como o próprio Chris Rock e Kevin Hart (gigantes quando se tratam de comédia nos EUA). Isso alguns exemplos.
Saindo dessa temática de desabafo, também tivemos “protestos” e discursos do politicamente correto (que eu considero muitas vezes essenciais e importantes SIM!), como a presença do vice Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Biden trouxe para a “festa” o tema de violência e abuso contra as mulheres. Tema o qual, Lady Gaga “nailed it” na sua apresentação com a música Till it happens to you. O engraçado, que a Lady Gaga não é um tipo de música que costumo ouvir e nem um tipo de artista que costumo seguir – no sentido do que de novo está sendo lançando. Mas eu tenho que reconhecer, esse ano essa mulher está divando. Lady Gaga, hoje posso dizer que você tem sim, o meu respeito e minha admiração (na verdade, sempre achei ela humildade nas entrevistas, fato que fez eu nunca detestar ela como pessoa, rs).
Enfim.. não vou abordar alguns outros discursos críticos, politizados, etc.. de alguns ganhadores, como Alejandro Iñárritu (que abordou preconceito também) e Leonardo DiCaprio (sobre o aquecimento global).
Pra finalizar, para mim a maior quebra de preconceitos de todas que Acadêmia poderia nos mostrar, foi finalmente ter entregado a estatueta para o Leonardo DiCaprio. Leo, já fazia muuuuuuito tempo que você merecia. Parabéns!
Ps: eu não vi as pérolas da Glória Pires. rs
~by Jules